quarta-feira, 23 de junho de 2010

Conto de duas (ou três) páginas

By Papá

Frank e Alan eram dois amigos. E isso é o que você precisa saber pra entender essa história. Dois fracassados na vida. E por mais incrível que essa frase possa parecer, eles estão numa festa. Eles não eram muito convidados a nenhuma, mas Frank recebeu um convite de um jornal que ele trabalha escrevendo a coluna social. Provavelmente o colunista social menos conhecido da história dos colunistas sociais. "Permitido levar mais uma pessoa'' era o que estava escrito no bilhete e Frank só conhecia Alan, que tinha uns 20 amigos a mais que Frank, mas não ligava por ele ser esquisito anti-social, até gostava de sair com ele.
- A bebida é boa.
- Alan, a bebida é sempre boa. Vê aquele cara? - Aquele cara era o melhor amigo do chefe - Ele passa o dia bebendo whisky quando devia estar no gabinete de imprensa que é onde ele trabalha.
- As pessoas precisam subir de vida, sabe como é.
- E é evidente o puxa-saquismo.
- É, - Frank falou isso quando tocou com a ponta do dedo a taça de champanhe - é o que se faz pra tomar champanhe de graça.
Frank não conseguia se acostumar com a ideia de tomar champanhe sem engasgar, e tudo correu como planejado. Ele tomou muito rápido, engasgou, derrubou bebida no chão e depois disse a clássica frase:
- Malditas borbulhas no nariz - e foi pro banheiro se secar.
- Acho que não é assim que funciona, Frank!

No banheiro, enquanto Frank estava se secando, eis que entra um descoladinho com roupas apertadas e franja pegando metade da testa. Ele olha para Frank se secando e solta um Oi sério. Os dois agora usam o espelho, o descoladinho arrumando o cabelo e Frank secando a gravata.
- É a maldita coceira no nariz, sabe aquela sensação que da no nariz de deixar a gente maluco? Eu perco o controle.
A reação do descoladinho é a de uma pessoa discretamente comovida. Ele coloca a mão no bolso de traz da calça e entrega um pequeno receptáculo. Frank abre e encontra dentro duas carreirinhas de uma coisa que parecia um pó branco de giz.

Alan agora está conversando com o garçom do buffet da festa. Apesar de ter muitos amigos ele era meio Frank principalmente na parte das ideias malucas que ninguém mais teria. Ele achava que principalmente por isso Frank era seu melhor amigo.
Quando Alan olha pra trás vê Frank chegando andando rápido e com cara de quem vai te falar sobre cada pagina das 2 enciclopédias que leu no banheiro.

Ele olhou pra Alan e disse oi.

- Oi.

- Sabe cara, eu tava lembrando das coisas que a gente já faz juntos, por exemplo, nas coisas boas, claro, algumas esquisitas me vem a mente mas eu tento esquecer e volto a pensar numa boa, como daquela vez que você me viu pelado e depois me confortou dizendo que pra uma anã meu pau poderia ser bem grande, quer dizer, essas coisas as vezes me confundem, mas eu gosto de lembrar delas, entende, é como quando você olha pro relógio as 5:59 da manhã e ele vai tocar as 6:00, te deixa meio confuso mas te da tempo de aproveitar que seu pau ta duro pra bater uma, sabe, até da pra ser aproveitado e...

- Cara? – Ele aponta pro garçom. – Eu estava tentando conversar aqui...

O garçom se retira e Alan volta a falar:

- Aí, ta vendo, ele já saiu, a gente pode voltar a conversar.

- Cara, de onde veio tudo isso? Tipo... Toda essa história de eu ter te visto pelado. Sério? E alias, foi você quem me pediu pra te ver pelado.

- É, cara, eu tava preocupado com aquilo que a minha irmã tinha dito e você sabe o que as mulheres costumam dizer sobre o meu pinto, sabe, eu sei que elas te contam...

- Você fumou quantos baseados depois daquele que a gente fumou na rua de trás?

- Oi?

- Sério cara?

- Eu só fumei aquele, sério mesmo, meu, não tem por que mentir pra você, pó.

- Pó?

- Pô.

- Frank, você fez o que quando disse que ia pro banheiro?

- Porra, eu fui pro banheiro, cara, só isso, sério, não me desviei da rota, fui direto, tinha um cara lá, muito simpático por sinal, ele falou alguma coisa sobre frestas e... Bom, eu não entendi direito, mas ele parecia bem feliz.

- Frestas? De porta?

- Essa é uma boa pergunta.

- O que mais aconteceu?

- Ele me deu uma coisinha, disse que ia fazer me sentir bem, sabe, e está mesmo, parece que eu fiquei mais disposto e tal, é divertido, é boa a sensação.

- O que ele te deu parecia com o que?

Sabe, o Frank era cria de ator de teatro, mal tinha conhecido a maconha ainda, sempre se acabava de rir e se perdia em pensamentos, sabe, ou se acabava de rir porque se perdia em pensamentos ou se perdia em pensamentos porque se acabava de rir, era um ser humano especial.

- Frank, ele te deu pó.

- ISSO é pó? Bom, é uma grande decepção. E uma... Surpresa? Eu nunca imaginei como seria ficar alterado sem ficar retardado.

- E aí está.

- Bom, a bebida é boa.

- A bebida é sempre boa, cara.

rodada de coisas inuteis-e-legais

mais uma.

começa com esse anúncio do filme Alice do Tim Burton num shopping de Roma, genial.



Agora esse dos cogumelos/abajuour. (mais aqui)



Um aviso importante:



Os livros do Stephen King e Hitchkock com nova arte de capa. (mais aqui)







acidentes de avião podem ser demais (mais aqui)



O ovo mau.




Rosto na pedra (mais aqui)





Os Simpsons desenhados como pessoas normais. (via)



Jogo pra iPhone de Orgulho e Preconceito + Zumbis





E por ultimo esse teaser de uma nova série da HBO que eu não consigo identificar sobre o que possa ser. Mas ta aí.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

high music

eu e a Rê estavamos conversando no msn chocados em como existe musica pra chapar em momentos bem variados.
Pensando nisso resolvemos fazer um post com uma lista de musicas boas pra chapar em determinados lugares até porque maconha não se resume a reggae.

Música para ouvir com os amigos:
MGMT se vocês forem acampar (também rola Tribalistas e Arnaldo Antunes), Passion Pit se for numa pizzaria, Moby pra ouvir num barzinho escuro tomando cerveja e discutindo a politica monetária do país, Arctic Monkeys se vocês estão no estacionamento do shopping e vão entrar com uma garrafa de vinho na mão e The Kooks e Hot Hot Heat se vocês vão ficar vendo putaria na internet. Lady Gaga pra quando suas amigas bees forem fazer um esquenta na sua casa e lembre-se: nunca, em hipótese alguma, toque I Gotta Feelin dos Bleack Eyed Peas e Strokes se vocês estiverem num bar com sinuca.

Música para pegar estrada:
Muse, Natalie Portman's Shaved Head, The Killers, Van Hallen, Gorillaz (mais o primeiro album porque esse novo é bem mais eletronico. A não ser que você curta um eletronico forte numa trip), Franz Ferdinand pra enfiar a cabeça pra fora da janela e gritar COME ON LET'S GET HIGH!!!!, como eu ja fiz e foi ótimo, Does it Offend You, Yeah?, Goose e AC/DC.

Música para relaxar em casa:
Beirut pra planejar uma revolução estudantil, Manitu enquanto você bebe uma cerveja, Bob Marley pra fechar os olhos e ir balançando a cabeça. Também recomendo Lily Allen pra fazer voodoo do ex ou daquele homofóbico que você viu no posto de gasolina falando mal da bicha de Wayfarer vermelho e piercing no mamilo. Uma banda ótima pra ouvir deitado no sofá pensando em nada é The Good, The Bad and the Queen, mais exatamente a musica "Green Fields".

Música para fazer faxina:
Clap Your Hands, Say Yeah dizem queé boa, eu nunca tentei na verdade, mas to disposto a fazer isso na próxima vez que me baixar a Marinete durante a trip. Pra mim também funciona Bob Marley, por mais estranho que possa parecer.

Música para puteiro:
Eu, menino puro e de familia, nunca fui pra um puteiro, mas se você ouvir !!! vai entender o que eu estou falando. É sério. Ótima pedida pra assistir um strip tease. Le Tigre também rola se você estiver vendo um casal de sapatonas fazendo sapatonices.

Música para aeroporto:
A melhor dessa categoria com certeza é Yppah, o maior trip hop para aeroporto que existe, você estando chapado ou não. Outra genial pra chapar em aeroporto é Massive Attack. Recomendo "Paradise Circus" se você já estiver no avião.

Música para ficar na internet:
Combina ouvir Hot Chip e entrar num fórum sobre bandas indie, Yelle pra agitar.

Música para andar:
Eu particularmente gosto bastante de Kasabian que eu coloco no iPod e vou pra onde preciso ir a pé mesmo. Também serve pra ouvir se você pode enfiar a janela pra fora do carro que OUTRA PESSOAS ESTÁ DIRIGINDO. "D.A.N.C.E" do Justice também cai como uma luva e Ratatat.

Música para ouvir na praia:
Nessa quase todas as musica pra ouvir em casa funcionam e aí você também pode adicionar "Meeting Place" do Last Shadow Puppets se você está com aqueles seus amigos de malucos que tomam banho usando óculos escuros e saem distribuindo flor pelo calçadão, Little Joy também é perfeito. Manu Chao é ótimo pra ouvir pulando no mar mas isso só funciona na tv quando o som é abmbiente, então use pra colocar só o pé e olhar pro horizone e pensar como você e pequeno na infinitude da vida. "Free" da Cat Power também rola com aquela galera louca do cu.

Música para ouvir na fossa:
The xx se você terminou com seu namorado, Death Cab for Cutie, The Ciematic Orchestra (que também serve pra ouvir de boa em casa) e claro, Coldplay.

Música para ouvir no clube do livro:
Cat Power pra fazer a culta e Marisa Monte pra fazer a sem sal amante da natureza (ou planejar uma passeata pela paz).

Música para ouvir no ônibus:
Beulah, que combina mais com ônibus intermunicipal, Jem, Matt & Kim.

Música para ouvir apaixonado:
Beulah que marcou minha época assim, "Honey and the Moon" do Joseph Arthur, Oren Lavie.

Música para ouvir planejando um golpe de estado:
Pearl Jam, System of a Down, Korn e Yeah Yeah Yeahs.

Música para chapar no salão de beleza:
Bon Jovi, Beyonce (que também serve pra chapar se você quer se assumir pelo twitter) e Groove Armada também.

Música pra ouvir no parque:
Vampire Weekend, a trilha sonora de Where the Wild Things Are, e NeverShoutNever!